28 de março de 2024

Tradição e consumo de peixes durante a Semana Santa em Bertioga

Tradição e consumo de peixes durante a Semana Santa em Bertioga
Bertioga mergulha nas tradições da Semana Santa com religiosidade, história e gastronomia local. Enquanto os sinos da igreja ecoam em celebração, os lares se enchem com o aroma irresistível de peixes frescos, uma tradição que atravessa gerações, principalmente por pescadores locais da região. Os caiçaras encontraram no mar não apenas sustento, mas também um símbolo de abundância e fé cristã.

Aluizio Durço Bernardino, Chefe de Ecoturismo de Bertioga, relembra as festividades de pesca em Itaguaré e Itaguá no século 20, onde os pescadores se reuniam para celebrar a grande fartura de peixes. “Hoje, essa tradição se manifesta na Festa da Tainha em Bertioga, organizado pelo Lions”, ressaltou.

Aluízio ressalta que os peixes sempre estiveram presentes na alimentação caiçara. “As receitas são as mais variadas como o prato Azul Marinho que é uma receita com robalo ou pescada e banana verde, onde o peixe e o caldo ficam azul e com um sabor maravilhoso”, comentou.

O pescador profissional há 25 anos e presidente da Colônia de Pescadores, Kally Molinero, destaca a diversidade de peixes consumidos durante essa data especial, bem como a influência da época e das marés para a pesca e o valor final do peixe.

Os habitantes locais se reúnem em família para desfrutar de um banquete que celebra não apenas a tradição, mas também os sabores únicos da culinária caiçara, desde os peixes mais nobres, como robalo e pescada, até os mais acessíveis, como corvina.

“Na minha família, a sexta-feira santa é sempre marcada com um almoço especial, com uma pescada amarela, um robalo e um arroz com camarão branco, lula e mariscos”, compartilhou o pescador.

Impacto Econômico e Cultural

Além do significado religioso e cultural, a Semana Santa também desempenha um papel importante na economia local. Os pescadores artesanais encontram nessa época uma oportunidade para aumentar a renda, enquanto os empresários das bancas de peixe também colhem os lucros da demanda por frutos do mar. O turismo também floresce durante esse período, com visitantes aproveitando não apenas as celebrações religiosas, mas também os passeios de barco e a rica gastronomia local.

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