Esporotricose: saiba como proteger seu gato e sua família

9 de maio de 2025

Esporotricose: saiba como proteger seu gato e sua família

Feridas que não cicatrizam, especialmente no focinho, orelhas, patas ou cauda do gato, podem ser sinal de uma doença grave e contagiosa: a esporotricose. Pouco conhecida por muitos tutores, essa infecção causada por um fungo é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para os seres humanos. Para prevenir, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Bertioga trouxe informações sobre a doença.

A doença é transmitida para as pessoas geralmente por arranhões, mordidas ou contato com feridas de gatos doentes, mas também pode ser transmitida ao se manusear o solo e matéria orgânica, pois o fungo também é encontrado no meio ambiente. Entre os gatos, a forma mais comum de contágio é por interação com gatos doentes, por arranhões, mordidas e contato com secreção.

Nos felinos, os sinais mais comuns são feridas que não cicatrizam, acompanhadas muitas vezes por sintomas respiratórios, como espirros, secreção nasal e dificuldade para respirar. Já em humanos, as manifestações mais frequentes incluem feridas na pele, geralmente nos braços ou mãos; vermelhidão, dor e inchaço. Em casos mais graves, a infecção pode atingir ossos e articulações.

A médica-veterinária Responsável Técnica pelo CCZ, Anna Julia Zilli Lech, destaca que apesar de preocupante, a esporotricose tem cura. O tratamento é feito com medicação antifúngica específica e pode durar de três a seis meses, ou até mais, dependendo da gravidade. A chave para a recuperação é o diagnóstico precoce e o início imediato da medicação. Durante esse período, é fundamental manter o animal em isolamento para evitar que o fungo se espalhe para outros bichos ou pessoas. Já no caso de humanos com sintomas, o ideal é procurar imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima.

“A prevenção é o melhor caminho. Para proteger seu animal e sua família, mantenha os gatos castrados e dentro de casa, evite o contato com animais de rua ou com feridas visíveis, use luvas, óculos e máscara ao lidar com solo, matéria orgânica ou tratar gatos doentes, e leve seu pet ao veterinário sempre que notar qualquer sinal suspeito. Também é importante higienizar com água sanitária os ambientes e objetos usados por animais infectados e, em caso de óbito, garantir que o corpo do animal seja cremado, já que o fungo pode sobreviver no meio ambiente”, complementou Anna.

Ao encontrar um gato de rua com feridas suspeitas, não é recomendado resgatá-lo sozinho. O resgate deve ser feito pelo CCZ, que pode ser acionado pelo telefone (13) 3316-4079. A equipe técnica está preparada para lidar com esses casos de forma segura.

A população também conta com apoio gratuito. A Prefeitura oferece atendimento veterinário sem custo para casos suspeitos de esporotricose no CCZ, localizado na Rua Mestre Pessoa, nº 685, no Centro, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 8h às 12h. Além disso, o serviço de castração gratuita de cães e gatos com mais de seis meses também está disponível. O agendamento pode ser feito pelo WhatsApp (13) 3316-4079.