Projeto Albatroz realiza atividades de educação ambiental

4 de agosto de 2015

Projeto Albatroz realiza atividades de educação ambiental

O Projeto Albatroz, em parceria com a Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, realizou uma importante ação de educação ambiental em Bertioga envolvendo alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental das escolas municipais. O objetivou foi alertar as crianças sobre a conservação de duas espécies de aves oceânicas: o albatroz e o petrel, que sofrem com a pesca de espinhel, uma modalidade de pescaria que acaba prejudicando a vida das espécies.

De acordo com a assistente de Educação Ambiental do Projeto, Érica Stange, apesar de não ser prática comum a pesca de espinhel em Bertioga, a ação teve total aproveitamento, uma vez que as crianças conheceram um pouco sobre os hábitos dos albatrozes. “A espécie é monogâmica, isto é, tem um mesmo parceiro para toda a vida. E quando tem ovos ou filhotes no ninho, a fêmea e o macho se revezam para tomar conta”, explicou Érica.

A importância das espécies para a preservação ambiental foi reforçada por meio de palestras e atividades lúdicas, como jogo da memória, cantinho da leitura e da pintura. “Os alunos foram incentivados a reproduzir tudo que aprenderam em desenhos, reforçando o aprendizado”.

A ação contou com a colaboração da Secretaria de Educação e a intenção é de que novas turmas sejam atendidas no ano que vem. Quem quiser conhecer mais sobre o Projeto Albatroz ou solicitar palestras pode acessar o site www.projetoalbatroz.com.br.

Pesca de espinhel

O espinhel é um artefato de pesca colocado em barcos que consiste em um cabo de aço que é lançado ao mar e em intervalos regulares outras linhas são colocadas nesse cabo, com um anzol e uma isca na ponta.

O cabo é fixado na popa do barco e as iscas chamam a atenção de albatrozes e petréis. Como não são boas mergulhadoras, essas espécies abocanham a isca ainda na superfície, ficam presas nos anzóis e acabam morrendo.

Uma medida que pode evitar a ação das aves é a instalação do chamado toriline (tori, ave em japonês e line, linha em inglês) nas duas pontas da popa, de forma que o espinhel fique no meio. A toriline conta com fitas coloridas, como a rabiola de uma pipa, que afugentam as aves.

Além de evitar a captura não intencional das aves, a medida ainda possibilita o aumento da produtividade dos pescadores, uma vez que as iscas não são retiradas e podem atrair peixes. O Projeto Albatroz atua no litoral de cinco estados brasileiros divulgando a importância da instalação da toriline em embarcações que utilizam a pesca de espinhel.