Bertioga inicia construção de conjunto habitacional indígena

14 de outubro de 2021

Bertioga inicia construção de conjunto habitacional indígena

As casas do conjunto habitacional indígena da Aldeia Rio Silveiras já estão ganhando forma. Concebido respeitando a cultura da etnia guarani, o projeto "Bertioga E" é o primeiro desse tipo no Estado. Nessa fase, estão sendo construídas 30 moradias pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) em parceria com a Prefeitura.

As casas de alvenaria terão dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço, banheiro com acesso pelo lado externo e varanda com fogão a lenha. As primeiras unidades devem ser entregues em 2022.

O investimento é de mais de R$ 3,8 milhões, com recursos do Governo do Estado. As obras estão sendo executadas pela Terra Nova Construção e Engenharia. A conclusão desta etapa está prevista para 2023.

“É uma importante conquista. Com esse projeto, além de reduzir o déficit habitacional da Aldeia, estamos levando mais dignidade e qualidade de vida para a população indígena de Bertioga”, afirmou o prefeito  durante visita às obras nesta quarta-feira (13).

O projeto prevê a construção de 120 unidades habitacionais no total. Para viabilizar a edificação das casas, a Prefeitura realizou diversas reuniões com a CDHU, Funai (Fundação Nacional do Índio) e com os moradores da Aldeia.

O Cacique Adolfo Verá Mirim, líder da comunidade indígena, comemora o início da construção das casas e destaca a importância do projeto para a Aldeia. “É uma luta antiga. Essas moradias são muito importantes para o nosso povo. É preciso evoluir. A alvenaria não tira a identidade do índio. Índio será eternamente índio onde estiver", ressalta.

SANEAMENTO

O saneamento básico será executado pela Prefeitura de Bertioga. As obras contemplam a construção de fossas sépticas, garantindo mais saúde à população indígena e também a preservação do meio ambiente. O efluente do esgoto tratado terá um destino ecológico, com a infiltração no solo e plantação de bananeiras para absorção dos nutrientes. O valor do investimento será de cerca de R$ 300 mil.